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A importância de brincar

A importância de brincar

Brincar é muito importante no desenvolvimento das crianças. É através da brincadeira que se estimulam as capacidades cognitivas, emocionais e sociais ou a linguagem.

Atualizado a 29/07/2022
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A importância do brincar no desenvolvimento das crianças

Brincar! Brincar! Brincar! Ação tão importante na vida das crianças como comer, tomar banho e dormir. É viver e aprender, ser, sentir e criar. É um recurso vital para o desenvolvimento psicológico, que acompanha o ser humano desde sempre.

O brincar tem muitas formas, mas o seu coração é o prazer. Brincamos desde que nascemos, sendo que a natureza da brincadeira fica mais complexa à medida que crescemos. Contudo, seja em que idade for, brincar está associado ao prazer. Sabemos que quanto mais confortável uma criança se sente com o mundo, maior probabilidade terá de explorar, descobrir, aprender e aperfeiçoar. Este ciclo começa com a curiosidade, aliada principal do brincar.

É confiar naquilo que se brinca, com quem se brinca e no que não se sabe ao brincar. É um treino para o inesperado. É também reforçar os laços afetivos e o cuidar. É, por isso, a forma privilegiada de comunicação da criança consigo mesma e com o mundo em seu redor.

Porque é importante dedicar tempo ao brincar?

A brincadeira estimula desde cedo, as capacidades cognitivas, emocionais e sociais, a linguagem, entre tantas outras, e abre um espaço ilimitado para a criatividade e a imaginação. Não o fazer, pelo contrário, só permite o “jogo” na vertente da repetição, da imitação, que não se liga facilmente ao processo de aprender e crescer.

No dia a dia, e com a carga horária das crianças e dos próprios pais, é importante promover a brincadeira em liberdade, sem filtros, não deixando que fique esquecida. É preciso que passe para o plano principal, que seja a estrela e não venha por arrasto, porque só isso levará à possibilidade de alcançar novas competências.

Brincar com os pais, com os pares e/ou sozinho. Fazê-lo todos os dias, sem dia ou hora marcada, com todo o tipo de brinquedos ou objetos, por mais que pareçam que não são para brincar. Utilizar todos os sentidos na exploração das brincadeiras, interligados no processo de arrumação e desarrumação.

E os videojogos?

Hoje, os videojogos fazem parte da vida da maioria das crianças, e são uma forma atrativa e divertida de entreter, ou seja, são jogos onde há uma definição de regras, pontos, objetivos, “missões”, vencedores e vencidos.

Muitos dos videojogos podem até ter benefícios, mas é preciso gerir e limitar o tempo que cada criança passa em frente aos ecrãs e perceber se o jogo se adequa à idade, sabendo que não há nada mais rico do que a experiência do mundo real. Quando há um excesso de tempo de videojogos, é preciso perceber a causa e o que está por trás desse comportamento.

E quando crescemos, deixamos de saber brincar? Como referiu Saint-Exupéry n’O Principezinho, “todas as pessoas grandes foram um dia crianças. Mas poucas se lembram disso”.

O brincar no adulto, pressupõe o contacto com a própria infância, sendo um ingrediente essencial na vida e no acompanhamento dos filhos. Assim, o grande desafio é fazê-lo na vida quotidiana. Recuperemos então o tempo e o espaço do brincar, porque brincar é preciso!

Rita Costa
Rita Costa
Psicóloga Clínica na clínica Ser Eu
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