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A tosse nas crianças

A tosse nas crianças

A tosse é um mecanismo fisiológico importante nas crianças. Saiba como identificar os vários tipos de tosse e quais os melhores tratamentos para cada um.

Atualizado a 03/02/2023
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A tosse nas crianças

A tosse na criança é um motivo frequente de preocupação dos pais, não só pelo medo de se associar a doenças respiratórias graves, mas principalmente, pelo impacto na vida da criança, interferindo no seu nível de actividade e qualidade do sono.

Os vários tipos de tosse

A tosse é um mecanismo fisiológico importante. Uma criança saudável pode tossir até 11x/dia para eliminar das vias aéreas os irritantes do meio ambiente tais como secreções, fumo do tabaco, poluentes ou até corpos estranhos. No entanto, é um dos principais motivos de ida à urgência no Inverno e os xaropes da tosse são das medicações mais vendidas em todo o mundo.

Com efeito, a tosse pode ter várias etiologias, nomeadamente, infecções respiratórias, entre as quais a Covid-19, asma, alergias, exposição a poluentes, refluxo gastroesofágico ou até resultar da ingestão de corpos estranhos. Assim, é importante caracterizar a tosse quanto à sua duração (aguda ou crónica se dura menos ou mais de 4 semanas); características (seca, produtiva, irritativa, rouca tipo “cão”) e contexto clínico (doenças da criança, sintomas associados e exame físico) para que o tratamento seja o mais adequado possível.

Na maioria dos casos, a tosse resulta das infecções respiratórias víricas que ocorrem no Inverno, sendo que a mesma criança pode ter até 8 episódios na mesma época sazonal e, segundo os estudos, até 25% demoram cerca de 25 dias a resolver a tosse e até 50% irão mantê-la pelo menos 10 dias.

 

Como aliviar e tratar

O incómodo causado à criança leva os pais a recorrer aos xaropes da tosse como forma de alívio; no entanto, sendo um mecanismo protetor, a sua supressão deve ser criteriosa, sendo mais importante tratar a causa do que o sintoma em si.

Desta forma, o tratamento da tosse na pediatria é muito diferente dos adultos. Os antitússicos estão contraindicados, principalmente abaixo dos 4 anos, pelo risco de agravamento clínico e os antibióticos devem ficar reservados para situações específicas e sempre após observação e prescrição médica. No entanto, o alívio é possível recorrendo a medidas gerais como: o aumento da ingestão de água ao longo do dia, a elevação da cabeceira da cama e a lavagem nasal que ajudam a eliminar as secreções nasais que irritam a via aérea por escorrência para a orofaringe, sendo recomendadas em todas as idades.

Acima dos 2 anos é possível recorrer a tratamentos mais tradicionais, como o mel, bebidas quentes ou até o “velhinho” xarope de cenoura. Na tosse “tipo cão”, colocar a criança a respirar ar frio pode ser eficaz no alívio dos sintomas.

Habitualmente, apenas a tosse crónica exige seguimento em consulta sendo que os casos agudos apenas necessitam de avaliação médica quando associados a sinais de alarme como: dificuldade respiratória (“covinhas” entre as costelas, alteração da coloração, respiração ruidosa, “pieira” ou dificuldade em falar), dor torácica, pausas respiratórias, expectoração com sangue, engasgamento, salivação excessiva, vómitos ou febre persistente e dificuldades alimentares.

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