Dar chucha é mau
Não. Na verdade, pode até ser prejudicial privar o bebé da chupeta. Se este procura o conforto através da chupeta, não lha oferecer irá fazer com que procure outras formas que lhe proporcionem essa mesma sensação, como por exemplo:
- Chuchar no dedo, língua ou fronha da almofada;
- Ranger os dentes.
Qualquer uma destas é ainda mais prejudicial do que a chucha. Ou seja, se o bebé identifica a sucção como uma fonte de prazer, a chupeta é simplesmente a forma preferencial de lha proporcionar.
A chucha atrasa a linguagem
Durante o 1º ano de vida pode oferecer-se a chucha, devendo a sua utilização ser diminuída gradualmente até aos 2 anos.
Após o 3º ano, o uso da chucha pode ter efeitos prejudiciais na oclusão dentária. Tal pode levar à deformação da arcada dentária e mordedura cruzada, situações que poderão criar atrasos na linguagem, problemas na mastigação ou na dicção.
Interfere com a amamentação no seio materno
A introdução de chupeta deve ser adiada até à 3ª semana de vida, quando a amamentação estiver bem estabelecida.
Assim, evita a confusão entre o seio materno e o bico da chucha (ainda que haja bebés os consigam distinguir desde logo).
Protege contra o síndrome de morte súbita do lactente
Segundo a Academia Americana de Pediatria, a chucha tem um efeito protetor da morte súbita, uma vez introduzida após a 3ª semana de amamentação e apenas durante o sono.
Cria problemas respiratórios, otites e amigdalites
O uso contínuo da chucha pode levar a uma expiração prolongada. O bebé passa a respirar pela boca, agravando a elevação do palato (céu da boca), diminuindo o espaço aéreo dos seios da face e gerando desvios no septo nasal.
A respiração oral, leva ainda a uma diminuição da produção de saliva, bem como, à migração das bactérias das secreções nasais para o ouvido médio, com risco de otite média aguda, rinites e amigdalites.
Em suma…
É importante analisar os prós e contras da utilização da chucha e decidir, com o pediatra, o melhor para cada criança.
A chucha é, na maioria dos casos, a melhor solução para responder a um reflexo que quase todos os bebés apresentam: a sucção.
Se o bebé rejeitar a chucha, não deve ser forçado a aceitá-la. Há outras formas de o acalmar e confortar:
- Pegá-lo ao colo;
- Falar-lhe;
- Dar-lhe atenção.
Existem chupetas convencionais ou ortodônticas, de silicone ou látex, para cada idade.
Devem ser lavadas com água, esterilizadas a cada 3-5 dias e trocadas a cada mês.
Nos hospitais e clínicas da rede Hospital da Luz encontra médicos especialistas em pediatria, que fazem o acompanhamento da saúde das crianças e jovens.
Consulte o artigo original “Chucha: mitos e factos” no site Hospital da Luz.