A dermatite atópica é uma doença inflamatória crónica e recorrente da pele, que resulta, no geral, em lesões eczematosas e prurido intenso.
Afeta homens e mulheres de todas as idades, mas tem maior incidência nas crianças, com o pico a ocorrer em cerca de 45% nos primeiros seis meses de vida, 60% no primeiro ano e 80-90% antes do quinto ano de vida.
As causas e os sintomas
É difícil isolar as causas desta doença inflamatória cutânea, ainda que se possam, geralmente, dividir entre a componente genética e ambiental. Ainda assim, o fator de risco mais forte é a história familiar de doenças atópicas, como a dermatite atópica, asma ou rinite.
Resultando em lesões eczematosas, prurido e evolução crónica e recorrente, esta doença combina uma disfunção da barreira epitelial, uma inflamação cutânea, uma desregulação do sistema imune cutâneo e sistémico, assim como alterações do microbioma bacteriano cutâneo.
Os tratamentos
O primeiro objetivo do tratamento é reduzir o prurido e identificar os fatores que desencadearam a doença. Por isso, a terapêutica base assenta no controlo da disfunção através de cuidados específicos de higiene com propriedades humidificantes, agentes oclusivos e ingredientes ativos que ajudam no controlo do microbioma da pele.
Depois, dependendo da gravidade, pode ainda incluir terapêuticas tópicas corticoesteróides, inibidores de calcineurina, inibidores seletivos de fosfodiesterase e inibidores de Janus Kinase. Também se pode aplicar a imunoterapia, caso se perceba estar relacionado com a exposição a alergénios.
A prevenção
Uma vez que incide sobretudo nos mais novos, a prevenção pode ocorrer logo entre as 22 semanas completas de gestação e os sete dias completos após o nascimento. Para esse efeito, recomenda recorrer-se ao uso diário de emolientes em recém-nascidos com risco elevado de desenvolver a doença, dada a história familiar, assim como reduzir uma possível exposição a elementos alérgicos.
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