Há cada vez mais mulheres a optar por ser mãe depois dos 40 anos e, se por um lado, há mais riscos, por outro, também é a altura em que muitas se sentem mais seguras.
As preocupações e a maturidade da gravidez aos 40
“Estive alguns anos sem ter um relacionamento e cheguei a desistir da ideia de ser mãe”, conta Ana Queimado, 42 anos. Mas a vida e o amor surpreenderam-na.
Esta auxiliar de infantário num colégio privado aponta a maturidade e experiência profissional como vantagens para encarar com calma algumas situações que, provavelmente, aos 20 anos, não saberia lidar. Ainda assim, há algumas preocupações: “Será que vou ter tempo de acompanhar o meu filho convenientemente?”
Os fatores de risco
A baliza ideal para engravidar situa-se entre os 27 e os 32 anos, mas, nos dias de hoje, veem-se muitas mulheres a passar por uma gravidez aos 40.
Há, porém, alguns riscos a ter em conta. Primeiro, é sobretudo a partir dos 35 anos que existe uma maior probabilidade de surgirem doenças genéticas ou abortos espontâneos, numa fase inicial da gestação. De entre outros fatores de risco a que os médicos e as mulheres têm de dar muita atenção está a pré-eclâmpsia.
Por isso, as mães com mais de 35 anos devem ter um seguimento clínico acautelado, assim como realizar alguns exames específicos — entre eles, incluem-se o método dos marcadores bioquímicos, assim como, a partir dos 38 anos, a amniocentese e a biópsia coriónica, para além de testes que, hoje em dia, analisam o ADN do feto no sangue materno.
Não são só desvantagens!
As mulheres que querem ter filhos a partir dos 35 anos estão mais seguras da sua decisão e, portanto, tomaram uma decisão mais estruturada.
Por exemplo, Tânia Torre foi mãe a primeira vez aos 35 e a segunda aos 38. Depois de conhecer a pessoa certa, viu chegar o Gonçalo e o Guilherme e agora até lamenta não ter ainda mais filhos. E, ainda que admita que talvez tivesse tentado mais cedo, também afirma que a maturidade de hoje lhe traz maior segurança na educação dos filhos.
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