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Pele do recém-nascido: o que significam as manchas?

Pele do recém-nascido: o que significam as manchas?

A barreira cutânea é imatura, em especial, na 1ª quinzena de vida. Aprenda a identificar as situações mais comuns na pele do recém-nascido.

Atualizado a 20/02/2023
3 MINUTOS DE LEITURA
Pele do recém-nascido: o que significam as manchas?

A pele do recém-nascido é diferente da do adulto. É mais fina, sensível e frágil.

O pH da pele dos adultos é menor que 5, ou seja, ácido. Por outro lado, a pele de um bebé tem um pH perto de um valor neutro (pH = 7).

Além disso, tem também menor espessura e menor quantidade de lípidos o que leva, entre outros aspetos, a apresentar menor capacidade de defesa contra a proliferação bacteriana e a desidratação.

São estas algumas das características que tornam a pele dos recém-nascidos tão especial.

Manchas na pele do recém-nascido: são normais?

Vamos perceber o que significam algumas situações que podem ocorrer na pele dos bebés (manchas), mas que são benignas e transitórias.

  • Mília (“pontinhos brancos no nariz”): surge em cerca de 30% a 50% dos bebés. São pequenos quistos epiteliais de queratina ou lípidos. Resultam da estimulação hormonal materna e desaparecem espontaneamente nos primeiros dias;
  • Eritema tóxico: pequenas vesículas que aparecem em mais de 90% dos recém-nascidos nas primeiras 48 horas de vida. Resulta de um fenómeno de adaptação da pele à vida extra-uterina. Apesar de, por vezes, assumir um aspeto bastante exuberante, não é infeccioso;
  • Angiomas: são muito frequentes e assumem uma tonalidade rósea ou avermelhada. Resultam da proliferação de vasos sanguíneos na camada superficial da pele, habitualmente, na nuca, pálpebras e glabela (espaço entre as sobrancelhas). Vão-se tornando mais ténues com o crescimento, acabando por se confundir com a pele circundante;
  • Mancha mongólica: mancha azulada localizada tipicamente na região lombar e nas nádegas. Resulta do aumento de melanócitos produtores de pigmento azul. Desaparece, habitualmente, nos primeiros anos de vida;
  • Crosta láctea/dermatite seborreica: surge como crostas ou escamas amarelas que aparecem na cabeça (e, por vezes, sobrancelhas) e que podem persistir até aos 2 anos de idade. Trata-se de uma situação benigna, havendo alguns produtos no mercado para o seu tratamento. Na maioria das vezes, em situações ligeiras, resolve-se com a aplicação de óleo mineral (amêndoas doces) colocado na cabeça do bebé, depois de humedecida;
  • Quistos benignos “medranças”: tratam-se de pequenos quistos, de aparência avermelhada e rugosa, habitualmente, na face ou pescoço, que surgem no 1º mês de vida. Não há tratamento específico, desaparecendo espontaneamente com a maturação da pele nos meses seguintes. Aconselha-se apenas a limpeza e um creme emoliente neutro e sem perfume.

Cuidados com o recém-nascido

De referir ainda, que o banho do bebé deve ser de curta duração.

A temperatura da água deve estar próxima da corporal (36ºC-37,5°C).

O creme ou gel de limpeza deve ser:

  • Líquido;
  • Suave;
  • Sem sabão ou perfume;
  • Com pH neutro (ou o mais próximo possível).

Nos hospitais e clínicas da rede Hospital da Luz encontra médicos especialistas em pediatria, que fazem o acompanhamento da saúde das crianças e jovens.

 

Consulte o artigo original “Pele do recém-nascido: o que significam as manchas?” no site Hospital da Luz.

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