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Processamento auditivo central: o cérebro também ouve

Processamento auditivo central: o cérebro também ouve

Quando, nos primeiros anos de vida, o cérebro não entende tudo sobre os sons que “ouve”, pode ser uma alteração do processamento auditivo central.

Atualizado a 11/01/2024
3 MINUTOS DE LEITURA
Processamento auditivo central: o cérebro também ouve

Quando as crianças nascem, o sistema auditivo já está apto a ouvir todos os sons, mas, nesta altura, o cérebro ainda não sabe o que fazer com os sons que ouve. É ao longo dos primeiros anos de vida que o cérebro passa a entender tudo sobre os sons que escuta. Se isso não suceder, pode tratar-se de uma perturbação do processamento auditivo central.

O que é o processamento auditivo central?

É a capacidade que o nosso sistema auditivo tem em detetar, reconhecer, analisar e interpretar corretamente os sons que ouve. Desenvolve-se, logo nos primeiros anos, com as experiências que a criança vai tendo, através das conversas, das brincadeiras, das histórias e das músicas.

Quando há dificuldades na perceção de sons linguísticos e não linguísticos, com origem no sistema nervoso auditivo central, como dificuldades de discriminação auditiva, défice no reconhecimento de padrões sonoros e dificuldade na localização sonora, pode estar-se perante uma perturbação do processamento auditivo central.

Estas podem surgir nas crianças, mas também com o avançar da idade, associadas à perda de audição ou ao envelhecimento.

As causas mais frequentes são:

  • Otites;
  • Atraso na maturação das vias auditivas;
  • Antecedentes familiares;
  • Alterações neurológicas;
  • Perda de audição;
  • Prematuridade, baixo peso ao nascimento e permanência na incubadora;
  • AVC e/ou traumatismo craniano.

 

Os sinais ou sintomas que se podem apresentar são:

  • Dificuldade em ouvir num ambiente com barulho;
  • Dificuldade em compreender mensagens orais;
  • Pedir, com muita frequência a repetição da informação que ouve;
  • Sentir dificuldades na leitura e/ou escrita;
  • Trocas de sons na fala;
  • Comportamento distraído/desatento;
  • Aumentar o volume da televisão;
  • Dificuldade em seguir instruções;
  • Dificuldade em decorar informação;
  • Dificuldade em compreender anedotas
  • Baixa autoestima.

Como intervir: o treino auditivo

O treino auditivo tem como princípio a capacidade que o nosso cérebro tem em modificar-se quando é sujeito a uma forte estimulação. Realizam-se, por isso, exercícios auditivos adequados, que permitem a modificação das estruturas cerebrais, aumentando e fortalecendo as estruturas responsáveis pelas habilidades auditivas.

No caso das crianças, os familiares são peças fundamentais no plano de treino, já que a sua colaboração é muito importante para o desempenho das atividades diárias. Ao melhorar as habilidades auditivas, com o necessário favorecimento da compreensão da linguagem oral, haverá um impacto no desempenho escolar e na participação na vida social. As dificuldades, quando não tratadas, podem durar até à idade adulta.

Saiba mais sobre É verdade que o cérebro também “ouve”? Descubra o que é o processamento auditivo no site Lusíadas Saúde.

Hospital Lusíadas
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