A pele é o maior órgão do corpo humano e, como tal, recebe constantes e diferentes estímulos sensoriais. Por esta razão, é importante que falemos sobre o contacto pele a pele no recém-nascido, tendo benefícios comprovados quer para a mãe, quer para o bebé.
O contacto pele a pele, no caso da mãe, promove a libertação de oxitocina (conhecida como a “hormona do amor”) e contribui para a vinculação desta nova relação que nasceu. No caso do bebé, o contacto vai ajudar a estabilizar os batimentos cardíacos e padrão respiratório, reduz o choro e o stress, além de fomentar a termorregulação.
Desde a primeira hora
A OMS recomenda que se fomente este contacto na primeira hora de vida, como uma medida promotora da amamentação. Caso seja clinicamente viável (mãe e bebé estáveis e em segurança), este é um direito que qualquer mãe pode pedir à equipa que acompanha o parto. É importante que o pai também faça parte destes momentos, porque também haverá uma estabilização quer da respiração, quer dos batimentos cardíacos do bebé no contacto pele a pele com o pai e, além disso, potencia o vínculo entre ambos.
Para além dos benefícios deste contacto no momento imediato após o parto e durante a estadia na maternidade, os efeitos do contacto pele a pele verificam-se mesmo depois de regressar a casa. Deve-se criar um ambiente propício para que a mãe ou o pai, e o bebé possam aproveitar: coloque-se numa posição confortável (com almofadas, apoio de pés, por exemplo), certifique-se que a temperatura do espaço está amena, cubra-se com uma manta se necessário e garanta que está numa divisão da casa com um ambiente mais tranquilo e livre de ruídos. Depois, é só tirar a roupa de ambos, encostar o seu bebé a si e disfrutarem deste momento que certamente encherá o coração dos dois.